Tudo se torna possivel !

Minha lista de blogs

sábado, 11 de dezembro de 2010

Memórias II

Continuação :

Diverso fins de semana menti, dizendo que iria para casa de meus amigos, fazer trabalhos escolares, apenas para não ter que ver sua cara, ela foi atenciosa e boa mãe até meus dez anos, depois disso se tornou um mostro que apenas me afastava de si.
 Meu pai como mais velho sempre me dizia que minha mãe me amava mais havia se tornado fútil e irresponsável, mas mesmo assim ela me amava.
 Sempre achei seu comentários sórdidos e insuportáveis, tentando torna-la menos ruim do que ela havia se tornado.
 Nesta época estava com dezessete anos iria completar dezoito menos de um mês, então minha carta de alistamento havia chegado, não pensei duas vezes, preenchi e depois de dois meses meu nome estava na lista de soldados alistados para aquele ano.
 Já com dezoito anos, aproveitei minhas ultimas ferias livre do exército, sai em diversos bares, as vezes passava da conta e chegava bêbado, no outro dia passava muito mal, nada que remédios não curasse, sai com diversas mulheres, descobri depois de um tempo que algumas delas eram casada, e algumas tinham filhas da minha idade, não me importava mais com absolutamente nada.
 Assim foram meus quatro anos de alistamento, cheio de indisciplina por minha parte, mulheres, bares e noitadas sem fim com meus caros colegas de quarto.
 No exército não era nada fácil, acordava cedo e dormia tarde, estudava estratégias e cálculos, aquilo me enchia a paciência.
 Quando dispensado sai e ia visitar meu pai e minha mãe me procurava, uma vez me pediu um dinheiro, apenas depois descobri que ela devia um certa quantia pelas suas drogas, ela também estava aspecto magro, olheiras e cheiro ruim, e claro olho roxo, então meu pai disse que ela estava com mesmo cara que ela havia mandado embora, e ela o sustentava e ele deveria ser bom em algum aspecto para ela, já que eu nunca entendi porque ela teria escolhido ele, e não outro qualquer, constatei a teoria que ela havia se apaixonado pelos socos que elas levava, ou sei lá o motivo, apenas sei que nunca voltei naquela  casa, e a evitava com todas minhas forças.
 Meu pai tinha mudado também, havia emagrecido, e comia pouco, era calado e frio, não me perguntava quase nada sobre minha vida e nem eu fazia questão de lhe dizer algo, apenas dizia que lá eu estava feliz, e ele sorria vergonhosamente, e eu sabia que ele sentia culpa de eu ter visto minha mãe daquele jeito e de ter presenciado brigas e coisas que uma criança não precisava ver, pelo menos não em casa.
 Ele por sorte conseguiu esconder os defeitos delas, desde sempre, só então depois de anos eles não conseguiram mais esconder quem verdadeiramente era ela.
 Ela nunca apareceu na minha escola, sempre meu pai ia em seu lugar, ela sempre dizia que o trabalho a sufocava e tomava todo seu tempo, mas era preciso, mas nunca trabalhou fora, ela saia e ia aproveitar a vida de promiscuidade, meu pai nunca largou dela, pois ela apenas bebia até então, e ele amava-a profundamente de uma forma surreal, e ela cuidava dele, enfim apenas tinha um vicio, mas com passar do tempo ele foi contrariando ela, e ela vio que ele não poderia mandar nela, enfim assim começaram as brigas e o resto já foi muito bem colocado aqui.
  Acho que ele com o tempo sentiu o mesmo que eu sinto agora, revolta, raiva, mágoa, tristeza, pena e concerteza nojo, muito nojo.
 Sempre venho nas minha ferias vê-lo, ele sempre me liga e me manda cartas, já minha mãe sempre me procura para pedir dinheiro, ela sempre esta com dívidas, não tem como não ajuda-la, apesar de tudo de ruim ela cuidou de mim, melhor tentou cuidar.
 Mais apenas destruiu minha visão de família feliz, que eu carregava até certo tempo, hoje minha conduta foi escolher jamais vê-la, ela sempre procurava me humilhar e não se importava comigo, apenas com meu dinheiro, sempre me viu como atraso em sua vida.
 Sabe sei que é difícil toda vez que lembro daquela época, ela me mostrou que nem sempre quem coloca no mundo ama, sempre se vio obrigada a cuidar de mim, nenhum carinho, nenhum elogio sempre o contrário, humilhações, e brigas, mesmo quando não brigavam, me tratava como sem valor.
 Depois da segunda vez que a dei dinheiro, nunca mais a vi, trouxe então meu pai para morar comigo ele sim sempre se preocupo comigo, com meu futuro, e com as noites que ele me colocava cedo na cama, era para que eu não visse o que um dia eu vi, minha mãe machucada, nojenta, drogada e as vezes trazida em casa por carros desconhecidos.
 Meu pai o tempo todo aguento a visão de falsa família feliz, calado para que não me trouxesse revolta ou coisa do tipo.
 A ele sim agradeço, já a minha mãe sinceramente não sinto menor falta, não que eu esteja sendo frio, ou coisa do tipo, é que apenas ela fez uma escolha e hoje resolvi fazer a minha, fazem mais de dez ano que tudo aconteceu, nunca mais a vi, certa vez meu pai disse que ela trabalhava num velho cabaré, não é de se duvidar que ela chegasse a esse ponto, só não entendo porque ela quis ter uma vida que não era aquilo sempre sonhou, não precisava ter iludido meu pai, que apenas amou muito, deveria apenas ter me entregado a ele que eu já teria lhe agradecido muito.
 Enfim aprendi muito com as atitudes dela também não nego, me tornaram forte e determinado, se as pessoas tem orgulho e me admiram, saibam que para ter me tornado forte e respeitoso tive algumas lições que a vida me ofereceu, sem que eu pudesse ter direito a escolha.

Um comentário:

  1. Parabéns Lol...uma história q não se difere da realidade q vivemos hoje...onde as estruturas familiares são abaladas por um mundo negligenciado pelas drogas, promiscuidade....Aguardando pelo próximo post =*

    ResponderExcluir