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sábado, 11 de dezembro de 2010

Memórias I

Acorda, e encontra sua vida de certo modo, de cabeça para baixo, não é a forma mais reconfortante para se amadurecer, mais é o modo como as coisas fluíram, e fizeram com que o desenvolvimento das coisas tomassem rumos complexos.


Nada como começar, era outono de 1977, tinha apenas 1o anos, e vivia pacificamente com meus pais,aparentemente dizendo, até então jamais havia imaginado que a vida deles a dois era uma droga, e que eles disfarçavam suas brigas visando me poupar do constrangimento de pega-los ofendendo um ao outro, indo contra a todos e qualquer juramento de amor, que haviam feito um dia.
 Então, as brigas se tornaram constante e diárias, desde do amanhecer, disfarçavam pelo fato de eu estar ali presente, ouvindo tudo e prestando grande atenção ao meu redor, o café da manhã era silencioso, e com um certo ar de frieza em suas poucas palavras pela manhã.
 Minha mãe me levava a escola, e ia para seu humilde trabalho, meu pai por sua vez ia para oficina no fundo de nossa velha e asquerosa casa, havia diversas baratas no porão e o ranger do chão era irritante.
 Okay!  Toda tarde chegava de minhas entediantes aulas, e nada, se quer uma palavra, os dois se olhavam como se não se suportavam mais, era estranho a sensação de vê-los ali na minha frente e ao mesmo tempo intocáveis e intoleráveis.
 Meu pai começou a passar mais tempo na oficina do que dentro de nossa casa, atarde permanecia sozinho, ou as vezes ia brincar na rua com alguns garotos que moravam duas ou até três quadras daqui, sinceramente com as situações estranhas ocorrendo nem me importava quais eram meus amigos mais.
 Minha mãe começou a permanecer até mais tarde no seu trabalho, e pegava meu pai reclamando, não sabia ao certo, mas sabia que as coisas andavam de mal a pior, queria poder entender os motivo ao certo de tudo estar mudando.
 Minha mãe aparecia cambaleando e depois de um tempo percebi, ela chegava bêbada, e cheirando a cigarro e as vezes meu pai dizia outros nomes, dai com passar do tempo descobri entre uma briga e outro que ela era viciada em drogas, cocaína uma delas, ela negava, mais suas atitudes era coerentes de uma viciada e delinguente adolescente, agindo como uma irresponsavél e estúpida.
 Meu pai por sua vez sentia nojo, e não queria mais que eu vise-a sempre, ou me colocava para dormir antes que ela chegasse, já que seus horários eram absurdamente tardios.
 Mas como ele jamais soube sempre ficava acordado esperando que as luzes de casa se apagassem e que o silêncio reinasce, pelo menos um minuto de pelnutide e paz, e claro sempre ouvia as brigas e os insultos, e as palavras horrendas que meu pai dirigia a ela.
 Toda manhã mesma coisa, o silêncio e a mentira de tudo estava bem, eu me lembro de ter perguntado a eles algumas vezes está tudo bem, os dois de forma sincronizada e falsa me diziam esta tudo ótimo meu querido, melhor impossível. Sempre tentei acreditar que as brigas eram coisas de casais normais com vidas intediantes normalmente dizendo, mais concerteza não era, de certo todos já percebiam que algo entre eles estavam errado.
 Minha mãe como sempre bebia e se drogava, era ridículo, fui crescendo e as brigas e as ofensas já não eram mais disfarçadas, diversas vezes entrei nas brigas para separa-los, e algumas dessa eu saia machucado, ferido, não apenas fisicamente como emocionalmente.
 Os dois já não se suportavam, e como eu estava na idade suficiente para seguir futuramente minha vida, eles resolveram acaba com o tormento separando-se.
 Achei que minha vida seria melhor, ao contrário perante ao juiz passaria todos meus fins de semana com minha mãe, pois meu pai disse que eu moraria com ele, e ele me sustentaria, então assim foi feito.
 Todos fins de semana, minha mãe chegava bêbada, fedendo a todas aquelas porcarias, e eu tinha que cuidar dela, muitas vezes ela chegou machucada, as vezes motivo de briga na rua outros apenas na hora de vir embora caia no chão, por não aguentar seu próprio peso.
 E além disso tinha aqueles homens que ela trazia para casa, todos imundos, e com aspecto sombrio e nojento, me dava raiva de vê-los ali, com aquele ar de arrogância para meu lado, alguns desses achavam que poderiam mandar em mim, um deles uma vez me deu tapa na cabeça, aquilo me irritou, e o xinguei, então ele veio para cima de mim, minha mãe já esgotada dele, mandou-o embora, não por minha causa claro, simplismente por ela estar apenas enjoada mesmo do seu cheiro horrível.
 Comecei a ter sensações de nojo da minha própria mãe, suas atitudes me envergonhavam e eu sentia como se ela fosse exatamente o que eu não gostaria de ter próximo a mim.

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