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sábado, 16 de outubro de 2010

Inocência

Acho que se perdeu ao tentar encontrar alguma forma correta
deixando de lado aquilo que sustentava todo edifício
moldado-o, de forma que as luzes parassem de brilhar
encontrar o caminho certo, não foi uma das decisões sabias
você sabe exatamente disso
Te vi ali sentado me olhando
não consegui acreditar completamente que eram os seus
a brilhar, ofuscando todo brilho das estrelas
chamando minha atenção
como jamais esperado
Naquele outono junto ao frio que se fazia
na noite escura, sua vontade era de puxar-me pelas
mãos finas e delicadas, e dançar a noite toda
deixando assim uma única vez seu coração comandar
suas atitudes, se tornando irracional .
Era adorável sentir o vento nos cabelos de uma noite fria
me sentia como se pudesse parar o tempo, como se existisse
apenas nós dois ali, valsando no sereno noturno.
Logo a musica que nós dois adorávamos começou a tocar
os olhos se atraíram como imas, algo inesplicavel
então continuamos nos movimentamos, não percebemos
mais já não estávamos dançando a muito tempo
simplesmente balançávamos o corpo e olhávamos nos olhos
como duas crianças de nossa época,
para nós isso era demonstração de imensa amizade.
inocência a nossa não!
Éramos vizinhos e amigos, compartilhávamos a maior parte do
tempo juntos, e fazíamos coisas que crianças faziam
sem ao menos questionarmos, quem de nós dois estávamos certos
unidos éramos apenas um e nada mais.
Era com você que me sentava no campo de flores e ficava olhando o céu
e suas nuvens, planejando que seriamos amigos até que morte
nós levasse para o longe, mantínhamos de mãos dadas, e adormecíamos
muitas vezes com os dedos entrelaçados, ali no campo de flores.
O tempo passou, vivemos muito pouco creio eu, mais o bastante para sentir
que você me fez falta no verão passado, e no outro, enfim nos dez anos que
ficamos longe.
Éramos novos, de imediato não me importei, mais como os dias se passando sua falta eu chorei.
Desde que se mudou, me mantive a mesma, mais com um vazio inesplicável e intolerável
sua companhia me fazia muito bem, as vezes sentava na varanda, onde tinha visão de sua antiga casa
e imaginava quando iria vê-lo, e pode abraça-lo e pedir que nunca mais se afastasse de mim.
Com o tempo essas vontades diminuíram, mas não sumiram, meus olhos sem que eu percebesse olhava as fotos nos porta retratos nossos no meu quarto, e as lembranças vinham.
Já não tinha mais esperanças, quando me surpreendi com o que havia acontecido
estava ali um jovem rapaz, olhando para minha direção, mostra-me um olhar inocente,
olhar que eu conhecia bem, mas que mantive minhas duvidas, mas ao abrir o sorriso
logo notei que era exatamente você, paralisada comecei a chorar desesperada e você então
notou que éramos nós novamente ali de frente um para o outro.
Nos seus braços como sempre me mantive confortável, me escondendo do mundo, como
sempre fazia, e ele como sempre me dizia doce menina aqui encontra um coração, a frase nunca
foi dita completamente, eis que aquele dia de reencontro ele me disse pela primeira vez, após dez anos
longe, onde nós nos sentimos falta, a doce frase penetrou nos meus ouvidos,
doce menina aqui encontra um coração que só parará de bater quando o seu parar,
naquele instante percebemos ali que a inocência de duas crianças  juntas
havia construído o mais nobre dos sentimentos, estes que o tempo não destroí, apenas aumenta.
E  ali ficamos dançando como fazíamos quando crianças, relembrando os velhos hábitos.

K.G 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Loucura

    Como não percebi que algo estava mudando, que algo estava me atormentando, hoje, fugi não é o meio mais apropriado, mas como cheguei a este ponto, sem notar, ainda não tenho total certeza dos fatos, pois a confusão está feita, e a vontade de gritar, de gritar...me vem o tempo todo, todos minutos que passam, mais como acreditar no tempo se o relógio fala comigo e o chão gira e umburaco se abre, imaginei que estava no mundo Alice no pais das maravilhas, mais tolice minha, era além de maravilhas, era apavorante e amedrontador.
   Eu já lhe disse que quero muito gritar... deixar tudo que está cravado na minha garganta sair, sem ter dúvida alguma, sem erros. Ainda digo não sei o que loucura ou realidade, imagens vem ao meio da noite perturbar-me, olho para parede e não reconheço mais aquela pessoa que me olha e me analisa como ninguém faz, esquizita ela, percebo após tempo que era minha própria imagem a frente do espelho da minha casa, nem sabia que tinha uma, ouço vozes que me dizem o que deve ser feito, eu grito, eu grito... mais som algum sai de mim, está vazio, vejo coisas que se quer imagina.
   Sutilmente tomou me estranhamente, conquistando espaço e se fixando e fazendo de mim seu fantoche manipulável, o que restou um grito ao vento e nada mais, que de maneira alguma teve efeito, pois até isso ela tirou de mim, o direito de gritar... eu queo muito!
 Não sei classifica-lá boa ou ruim, as vezes sua presença me faz querer ter mais, ir aonde nunca fui, procurar algo perigosamente prazeroso, mas o resto que me sobraste de força mental, faz com que tenho imenso medo, pavor se assim puder lhe dizer. Fui fraca o tempo todo, e a primeira energia que me encontrou conseguiu me absorver completamente, de imediato não percebi, quando notei o mau já havia acontecido. mas ainda não acabou exatamente não sei até onde isso me consumirá, mais alimentarei- a até o fim, agora o erro esta cometido e o delírio de uma ilusão completamente instalado e acomodado, não me reconheço, nem mesmo minha imagem me reconhece, isso se torna daqui pra frente um segredo, segredo esse que me destroí constantemente sem saber onde e quando parará.
  Eu ainda gritarei e tu ouvirá minha voz, contemplada num imenso sopro de agonia no medo. Acertei o relógio apenas por precaução, caso ele se recuse a girar o ponteiros, lembrarei que é a pilha velha, mas onde as deixei?!
 Quando avista um desvairado mental a minha frente perceberei sem dúvidas,seres estranhos eles vio.
  ' Você vio minhas meias correndo por ai ?!  '
     

O que dita ser normal ou louco é o ser humano, ser esse nada humano e sim completamente aloprado da cabeça creio eu!
                Karolline Gonçalves