Não há escuridão lá fora, não há noites frias que possam me consumir, não há nada que me amedronta, hoje eu sei que tudo está confuso, mas nunca esteve e a certeza que sei, é que essa fria madrugada chegará ao fim assim com as tardes de verão, nada é para sempre. Hoje as sombras me acompanham mas não necessito delas, mas sim ela que necessitam de mim, eu as alimento aqui dentro de alguma maneira involuntária, sei que não há meio de escapar disso hoje, mas sei também que estou lutando contra a presença delas. Hoje ainda não vejo o reflexo de quem almejo ver, mas olho os olhos de quem sou e admiro em força que tenho, estou indo contra tudo e contra a mim mesma, encontro forças aonde já não há suspiro algum, faço da melhor maneira para encontrar o caminho da saída, por mais que demore eu não desisto, cheguei até aqui, chegarei um passo a mais, a cada dia. Não me livrarei delas nunca ou talvez antes mesmo que eu possa imaginar, o peso que elas trazem a mim é um fardo árduo, porém eu vencerei, talvez não hoje e talvez não amanhã, mas num futuro muito breve. Não deixarei que as tome o controle.
Não há sombras aqui, mas eu as sinto, não há ninguém mas eu ouço vozes, não há nada além de mim. Mas talvez eu mesma não seja só. Me adaptarei a viver com todas as vozes e sombras e vencerei de maneira que o controle das decisões a partir de hoje se tornam minhas.
Não há luta que não se possa vencer, mesmo que essa seja contra si mesma, mesmo que não venças as primeiras batalhas, há guerra só termina quando não há mais sobre o que lutar.
Então, prepare as armas, estamos em guerra!
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