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sábado, 15 de dezembro de 2012

Mude


Chega a hora de trilhar um caminho diferente
buscar um novo sentido para velhas frases
ver o pôr do sol de uma direção oposta
ver a vida num novo sentido 
se encontrar no 
mesmo lugar
porém 
com uma diferença
se encontrar renovado 
buscar significados mais profundos
para o mesmo fato
seguir um caminho melhor
sem deixa a
direção
buscar sorri
para os mesmos  motivos
porém diferente
tudo novo
sem mudar
por fora não precisa de mudanças
quando o interior já 
não é o mesmo
muda-se o modo de ver
as coisas
pois o mundo 
é o como o vemos
reflexo de nós mesmos.


Toque


A melodia  está em cada 
toque 
em cada tecla
em cada coração 
o som se faz novo
o vento leva a melodia
o arranjo de cada nota 
está nas pontas dos dedos
a sensação vem do coração
a alma diz o que sente
na linguagem que poucos
entendem
sentar aqui e fechar
os olhos me 
faz viajar para dentro de mim
 ouvir meus sonhos
 minhas vontades 
explodirem entre a melodia 
do bater do meu coração
sou cada nota que se ouve
sou cada toque 
minha alma se faz suave 
assim como
a melodia que toco
e o que o vento ousa
levar para longe daqui.



3ª Parte

É estranho a cada dia que se passava naquele Colégio sentia ausência de algo ou de alguém, fiz alguns colegas logo na primeira semana, mas me via sempre sozinha na boa parte do dia, e a biblioteca era um dos lugares mais fascinantes daquele velho prédio sombrio.
As visitas a minha casa no começo eram frequentes, mas como já imaginado aos poucos viraram-se momentos de lembranças e preferia não ir para casa, encontrar aquela mulher e meu pai era algo que não me agradava mais, meu pai sempre ocupado e ela sempre me fazendo sentir mal por estar lá, sempre e a cada vez que eu voltava o relacionamento entre meu pai e eu,  se tonava mais complicado, frio. Ele há ouvia como jamais soube ouvir alguém.
Então desisti de manter contatos e comecei a pensar no que fazer nos tempos livres que teria, como as férias de 1916 e as outras que viriam. 
Por sorte o Colégio procurava jovens dispostos a passar férias estudando, dando início a pesquisas e estudos como metas de direcionarem-se na área que gostariam de futuramente entrar na faculdade, aquilo foi minha salvação entrei de cabeça no projeto com o objetivo não  bater de frente com ninguém e poder aproveitar e estudar mais, aprender algo e desenvolver meus métodos e conhecimentos. Foram nestas férias que o grupo composto por mim e mais cinco pessoas, focou-se na área da medicina, fazendo estudos, pesquisas e aprendendo com professor Eduarte Mirren, um joven professor Francês formado em Ciências biológicas e especialista e mestre em neurociências, sem dizer um excelente professor e pesquisador, mostrou um pouco sobre sua área, o que de imediato me deixou perplexa e ao mesmo modo curiosa e interessada em buscar mais informações sobre. Assim se passaram dois meses de férias de verão, dando início ao segundo semestre e projetos de férias, palestras e uma vida voltada aos estudos e a base educacional de qual caminho seguir. Deixei de lado meu pai, me vi colocando meu futuro na frente de tudo e querendo seguir um caminho para longe, talvez seria melhor assim e foi, muitas vezes recebia suas ligações e sua voz era nitidamente cansada e triste, mas sabia que ele estava feliz por ter encontrado alguém que o amava e não quis atrapalha-ló mais, deixei de ir visita-ló e ele não vinha mais, apenas cartas e ligações curtas nos mantinham em contato ainda.
Quando me formei, não fui a formatura pois tinha um curso no mesmo dia e optei ir era de um dos melhores especialistas em Neurologia clínica, a viagem custou todo dinheiro que ganhei do meu pai de presente e vendi alguns vinis a um garoto colecionador, aquilo foi doloroso, mas útil.  A palestra era em Nova York, então arrumei minhas malas e os poucos pertences, fui com alguns colegas e professores, lá eles nos mostraram coisas que jamais conheceria se ainda estivesse em Kansas.
Depois de um ano formada e estudando, passei na Universidade de medicina, passo importante que demorei contar ao meu pai, ele não ligava mais e eu ligava pouco, sempre estava ocupada e sem dinheiro, estava morando com uma colega do terceiro ano Bia Trusde, nos erámos colegas e viramos amigas de quarto, ela tinha uma família rica  e optou pagar boa parte do  aluguel e eu contribuía com a mesada que meu pai mandava, como não pagava minha faculdade, tinha ao menos os livros, estes eu usava com minha colega quando dava ou pegava na Universidade mas era difícil, no fim do primeiro ano entrei para turma de estudos científicos ele recebiam por fazerem e dedicarem seus tempos aos estudos, não eram rios de dinheiros, o suficiente para me manter, vieram seis anos puxados, estudos, estágios, trabalhos, palestras e viagens a trabalho, nosso grupo era bom e fazia palestras e seminários pagos, o que nos ajudavam muito. Assim não tinha muito tempo para ver meu pai e fazer coisas que os jovens faziam.
Com toda dificuldade que encontrei no ano de 1924 me formei como médica e teria mais alguns anos estudando neurociência, para ser uma neurologista clínica, neste período meu pai e eu não nos vimos e não nos falávamos muito o essencial par sabermos que estávamos vivos.
Um dia ele me ligou e disse que gostaria de me ver e eu fui, chegando em Kansas, encontrei triste sozinho e seus olhos me davam certa tristeza, ele me contou que Verônica o havia deixado e que ela mostrou o quão horrível era e me pediu desculpas por não ter ficado ao meu lado. 
Senti suas palavras me baterem e as minhas sumirem, disse também que o motivo era que ele estava doente e ela não queria cuidar de ninguém, pegou o dinheiro que ele havia guardado e sumiu, ele até procurou advogados mas na época não se tinha muito o que fazer.
Lembro que trouxe ele pra morar comigo e que o pegava triste e arrependido de ter me deixado e espantado como eu havia crescido e mudado muito. Sua doença era um tumor na região esquerda do cérebro e como ironia me vi sem chão com a notícia, ele tinha há anos mas não cuidou e não procurou médicos para diagnosticar ao certo.
 Eu fui a primeira a fazer isto, quando vi a situação não sabia o que fazer, ele estava ali sedado inconsciente e seu cérebro tomado por um tumor maligno, na época com poucos recursos estudei meses, passava a noite estudando e fazendo plantões e o vendo a cada dia fica pior e o desespero em fazer algo por ele, pelo meu pai. Me via cansada e sem vida além da minha profissão que se tornava algo forte demais, eu tinha chance de ter meu pai por perto, eu deveria fazer algo assim o sono desaparecia, com ajuda de médicos experientes tentávamos fazer algo. Sem saber por qual caminho.
Um dia meu pai teve que ser internado estava fraco e passando mal, lá no hospital seria mais fácil cuidar dele, ele nunca tinha me contado que estava afastado da empresa por este motivo, uma vez disse que era férias fora de época pelo estresse, sempre me escondeu para não me assustar me eixou ir embora para que eu estivesse mais adaptada a não sofrer sem ele, como se isso fosse verdade.
Eis que no dia treze de janeiro de 1929, durante uma parada cardíaca, ele teve que ser internado novamente, havia sido apenas um grande susto, mas naquela noite ele teria que ser operado, para tentarmos salva-ló, quando entrei os médicos me tiraram alegando que eu não conseguiria, fui firme e os contrariei, disse que eu deveria fazer isto, então entrei e o vi magro como jamais o havia visto, olhando ainda para mim, sorri e senti lágrimas brotarem nos olhos, mas seria forte, então ele apertou minha mão e disse: " eu te amo, faça seu trabalho doutora".
 Aquilo foi um modo de me dar forças e fazer o que devia, eu disse a ele " aguente firme ".
A cirúrgia demorou quatro horas, mas após o termino ele veio a obto, devido a fraqueza e o ponto que havia chegado o tumor, anos se desenvolvendo lentamente estava tomado 70% do seu cérebro, por isto todas suas dificuldades e motivos de não ligar, não vir me ver. 
Se ao menos tivesse me contado, tudo teria sido diferente, eu acreditei que ele não me queria por perto e não que ele estava mentido seu estado de saúde, enfim na noite que ele veio a falecer meu mundo se abriu, mas depois de alguns dias voltei fazer o que eu amo e todos os pacientes que entram na sala de cirúrgia digo a mim mesma, tente o máximo que puder e faça seu trabalho doutora.

Hoje após vinte anos, me lembro disto uma fase que se passa, fase que me deixa saudade de tê-ló aqui, mesmo que seja apenas me olhando com os olhos tristes, me dizendo com sua voz fraca que sou uma boa garota, ele não me viu crescer e optou por não me deixar infeliz, pois sabia que uma garota não saberia lidar com isto, quando tinha apenas  doze anos. Sinto sua falta e minha profissão é o bem precioso assim como minha família que infelizmente ele não conheceu, me pego vendo fotos e recordando o grande homem que ele foi, mas espero encontra-ló algum dia novamente em qualquer lugar até mesmo nos sonhos e poder abraça-ló novamente e dizer você é meu orgulho e é por você que tento fazer o melhor.
As vezes a vida toma rumos diferentes, as fases não são fáceis, mas se deve estar firme para suportar a cada batida que se leva e olhar a vida como uma fase e saber aproveita-lá, antes que se pegue o próximo trem.

domingo, 2 de dezembro de 2012

2ª parte

Suportei o clima, levando amistosamente suas provocações, mas havia um limite que ela ultrapassou quando disse que eu estava atrapalhando meu pai algo do gênero, me recordo perfeitamente que meu pai estava dormindo era de manhã no café da manhã, estavam nos duas sentadas e caladas, quando ela começou a dizer coisas, definitivamente perdi o controle e a tei um belo tapa aquilo foi bom momentaneamente, ela sabia que meu pai estava na escada e vendo tudo, ou melhor a última parte, é ela faz tudo estrategicamente, o que me dá vontade de sair daqui, ela com o tempo conseguiu colocar meu próprio pai contra mim, e o abismo entre nós a cada dia que passa aumenta com ajuda de Verônica, que não me queria por perto, mas isso me deixava perplexa porque?! Assim foram os quatro anos da minha vida e com com quinze resolvi ir pro cólegio interno lá encontraria paz de alguma forma e trânquilidade que precisava, pois as brigas estava insuportaveis a cada momento ela sabia me atingir com o veneno que ninguém conseguia ver, apenas eu descobri quem era aquela mulher, todos acreditavam que ela era determinada e à defendiam como se a culpada de tudo fosse restritamente eu. Pois no dia treze de Fevereiro de 1996 preste a completar quinze anos, avisei meu pai que queria ir pra lá, ele de primeira modo não gostou pois o colégio ficava a 100 km de Kansas e as visitas eram restritas e a disponibilidade de ir me ver seria difícil, sendo que finais de semana não se era permitido acesso ao colégio, era daqueles colégios rígidos, mas um dos melhores, eu todas essas restrições seria perfeito, pois havia dias que meu pai eu eu se quer falávamos, ele tinha que cuidar de Verônica e suas filhas, ela fazia questão disso, me manter longe seria bom pra todos. Ele me levou pela manhã, mas o Colégio Interno Victoria Iavosk de Nize em letra douradas assustava mas era convidativo estaria fechado até às oito horas, e ainda eram seis horas, mas esperaria ali, ele apenas disse me ligue sempre que precisar e eu virei correndo, aquilo soo triste, mas tentei ficar bem, pois tudo mudaria completamente. As oito horas do dia quatorze de fevereiro o ano letivo se iniciaria e eu estaria num universo completamente diferente, porém aproveitaria o que de melhor o colégio me proporcionaria nestes três anos ali, e depois sairia em busca de ir a faculdade é tudo estava tomando sentido diferente e talvez o sentido estava por vir. De primeiro momento conheci Isla Vanovik era de uma família da Pôlonia que há anos morava ali, há claro estava morando em Missouri e longe de casa. Tudo estava começando e tudo seria diferente, aquilo era estimulante mas sombrio, observar ao lado e ver que não teria ninguém e nada ali, além de estudar, meus amigos alguns foram para outros colégio mais perto e outros permaneceram lá na antiga escola e eu escolhi o mais longe de todos, pois estava exausta de humilhações e de climas ruins, aquilo seria bom a mim e a meu pai, que se decepcionou muito comigo. Hoje de manhã o abraço que recebi se quer foi o mesmo, frio e desconcertante, era como dois desconhecidos que estávamos sendo há tempos. Ele se foi sem dizer qualquer coisa e eu também não lhe disse nada, apenas aceitei que aquilo era um adeus ou parte de um...

sábado, 1 de dezembro de 2012

1ª parte

É engraçado imaginar sua vida limitada a um destino e grandes reviravoltas, é o mesmo que observar a tempestade de verão que chega causando mudanças drásticas e se vai inesperadamente.

Meu nome é Kate Myried, moro com meus pai Daniel Myried e minha madrasta Heliose Patch, ela é uma vietnãmita daquelas que possuem manias insuportáveis e uma dela sem dúvidas é estragar meu café da manhã, mas isso lhe contarei depois, falarei sobre meu pai, a esse sim é um grande homem, ele era administrador de uma empresa multi nacional, antes mesmo de eu vir a nascer, todos os respeitavam pela grande capacidade de resolver os problemas e ampliar as finanças, tirando a empresa de imensos prejuízos, todos os amavam lá, porém com a idade avançada meu pai acabou se aposentando obrigatoriamente, e o brilho nos olhos dele aos poucos também se foi.
  No dia 15 de novembro  nasci no hospital de Michigan, minha mãe era o tipo de garota que não se poderia esperar muito, ao menos não quando se tinha vinte anos e uma filha nos braços, meus avós haviam morrido num acidente havia um ano antes de eu nascer, porém nem os conheci, minha mãe Anala Meskit era uma mulher muito deslumbrante ao auge dos vinte anos, mas a única imagem que tenho são de fotos que meu pai insiste esconder como forma de lembrar do passado. Atitude que nunca entendi, se ao menos ele me contasse, mas hoje não há possibilidades alguma de descobrir, mas se eu tivesse chance teria descoberto mais sobre os seus sentimentos.
  Minha mãe como havia dizendo me entregou à adoção com apenas sete dias de vida, mas arrependida me buscou após uma semana, dizem que elas estava totalmente drogada e estranha, por sorte Antônia Mallet conhecida de seus pais lhe propôs ajuda, mas ela não quis nenhuma ajuda, porém pediu que ao menos o meu pai pudesse me ter em seus braços, sem dúvidas a melhor escolha possível na época, então aqui estou morando no Kansas.
  Minha vida aqui sempre foi do tipo trânquila para um garota que morava com seu pai o melhor possível e que adorava estar juntos, os dias foram contados depois que meu pai foi trabalhar em outra empresa, uma empresa em crescimento cujo a dona do local era uma insuportável mulher,cujo o nome era Verônica Blond; dessas que lhe dá nojo só pelo que ela é fisicamente, odiava ir e encontra-lá perto do meu pai principalmente quando ela se fazia de legal comigo, isso me irritava de uma maneira incomum, ela tinha acabado de separar com duas meninas da minha idade, aquelas garotinhas chatas igual a mãe, me revirava o estômago quando meu pai dizia que passaria no trabalho antes de irmos almoçar, imaginar que as veria, me fazia perder o apetite completamente. Mas suportava isso da melhor maneira, sendo educada e gentil, mas tudo que parecia perfeito começou a se transformar no que hoje é um inferno.
  Dezembro de 1991 iria completar meus dez anos e estava planejando uma festa com meu pai, seria inesquecível, pois seria primeira festa e o melhor com meus amigos de escola, seria ótimo. Mas o meu presente veio exatamente na noite anterior.
 No dia treze eu meu pai fomos a umas lojinhas aqui perto, destas que vendem vinis eu adora ir lá e escolher a capas e ver os artistas que estampavam e suas ilustrações, aquilo me fascinava muito, realmente era bom, ali me via num mundo completamente meu e aquilo me fazia bem e sem duvidas adorava ver meu pai observando os livros da instante lateral do lado de um piano, era uma visão maravilhosa e que me fazia imaginar como tenho sorte. Mas ao voltarmos ele disse que tinha uma surpresa e que eu iria adorar, sem dúvidas imaginei ser algum livro ou algo especial comprado por ele, mas não ele estava anunciando que se casaria em março de 1992 com Verônica, aquilo foi como um soco no meu estomago e eu disse em tom de fúria.
     Como assim? Com quem?
   Ele ficou espantado e disse que era escolha dele e querendo ou não, gostando ou não, eu seria obrigada a respeitar suas escolhas me fazendo ficar calada e decepcionada, ele se quer me deu liberdade, apenas disse o que queria, nem pude dizer nada, pois qualquer coisa que eu viesse a dizer seria pior, com certeza ficaríamos num clima ruim.
 Mas nada faria sentido no dia seguinte, resolvi ligar escondido à todos e pedir desculpas e cancelar tudo, dizendo que estava doente e muito ruim, enfim fiz com que todos ficassem longe, a tarde toda foi suficiente para cancelar tudo e não querer nada de festa. Ao chegar ele achou estranho e veio me perguntar, eu disse o que havia feito, ele ficou furioso e disse que jamais teria outra oportunidade, aquilo me deixou completamente sem força e sem vontade de dizer algo, apenas me tranquei no quarto, ele ligou para algumas pessoas, só o que pude ouvir dizendo o que eu havia feito e o quão ruim estava agindo, notei então que era com Verônica, que mais tarde apareceu no meu quarto querendo conversar.
    Não quero você aqui, saia daqui, você nunca terá permissão de entrar aqui, fora!
  Ela me chamou de mal educada e algo mais, brigamos e meu pai estava ao banho não presenciou nada, eles saíram pra jantar e eu fique vendo um filme no meu quarto, ali sozinha, como nunca havia se quer acontecido, estava começando a ser rotineiro.
   Em Março de 1992 o grande dia, eu como desde o começo não fui, havia uma festa de aniversário e eu resolvi ir aos onze anos, meu pai me obrigou a querer ir mas desistiu quando Verônica disse que seria melhor não, por um lado agradeço a ela por não ter participado da palhaçada, mas por outra ali começava a se abrir uma abismo entre meu pai e eu...